Tenho acompanhado o conteúdo do #MovimentoSeja que a Seja Trainee está fazendo sobre autoconhecimento, processos seletivos e, mais ainda, sobre as possibilidades desse futuro meio incerto, com a garantia de que muita mudança vem por aí.
Especialmente no dia 11 de maio, a live tinha o objetivo de abordar as competências que normalmente as empresas buscam, como protagonismo, atitude de dono, resiliência, entre outras. Porém, um ponto realmente mexeu comigo. A psicóloga e coach convidada, Gabriela Monteiro, citou a tão “querida” zona de conforto e uma “curiosa” zona de coragem.
A zona de coragem seria aquele local desconfortável, como as situações que geram medo, angústia e possivelmente a tão temida – pra mim – frustração.
Eu assumo que já paralisei por conta de frustrações – “Poxa! Eu fiz tudo certo, por que deu errado?” – entre outros questionamentos que me levaram a quase desistir (quase, pois até o momento sigo firme e forte).
Uma das principais foi: “Assim que eu saísse da faculdade de Engenharia tudo seria mais fácil, pois esse era o curso do momento com salário base de 5 mil reais pra cima” – dizia meu pai.
Ora, eu me agarrei nisso. Bem, poderia até ser assim quando eu comecei a graduação, o problema veio depois. Com crises e inúmeros escândalos de corrupção, o Brasil começou a entrar em um percurso de descida e junto com esse tombo foi embora aquele cenário perfeito.
“Tá bom, Gabi. Onde você quer chegar com isso?” Ok, vamos lá. Eu me formei há 2 anos e por mais que eu não tenho conseguido aquele emprego dos sonhos, que meu pai sempre me falou, eu nunca parei.
Eu trabalhei em um setor, que meu pai nunca tinha falado (olha a zona de coragem), saí desse mesmo emprego para voltar ao mundo acadêmico por um tempo determinado (olha essa curiosa zona de novo) – tempo suficiente pra aprimorar outras competências para depois voltar ao mundo corporativo.
O que eu não contava era que estaríamos em meio a uma pandemia ao final dessa etapa. Mesmo assim, estou assistindo lives sobre o novo mercado, caçando cursos online que antes não tinha muito tempo por conta do projeto de pesquisa e mais importante pesquisando cada vez mais sobre autoconhecimento e hoje já compreendo um pouco melhor a importância de me conhecer, principalmente de saber o que eu quero.
O cenário é o ideal, de acordo com o que eu tinha planejado lá no início? Claro que não!
Isso é um problema? Hoje eu entendo que também não.
E assim sigo caminhando. Pra onde? Olha, apesar de ter plano A, B, C… quiçá o alfabeto inteiro eu não posso te dar certeza, mas sei que vou continuar me desafiando a tentar algo novo e por vezes totalmente desafiador, mas que me aproximam do que realmente quero.
Isso porque, imagine se eu tivesse ficado totalmente paralisada naquele paraíso que tinha imaginado lá no início da graduação, onde eu estaria hoje? Estagnada, frustrada, questionando a minha capacidade e escolhas.
Está tudo bem cair algumas vezes, assim como mudar aquele planejamento perfeito!
O problema é quando a gente deixa de se levantar. Por isso, saia você também da sua zona de conforto!
A zona de coragem é um pouco escura, mas sempre vai ter uma vela pra iluminar o nosso caminho.
Formada em Engenharia de Materiais pela UFRuralRJ e faz parte do Comitê de Voluntários da Seja Trainee. Já atuou no setor comercial técnico no setor Industrial e hoje faz Mestrado pela USP, em parceria com a Unifesp, relacionada a tratamentos e ensaios mecânicos em Materiais Convencionais e avançados (peças de titânio).