Esse artigo foi escrito por Murilo Gomes e revisado pela equipe da Seja Trainee.
Murilo foi aprovado no Programa Potenciais Stefanini e resolveu participar do projeto colaborativo Trainee ajuda Trainee com o intuito de mandar aquela “inspirada” que os candidatos tanto precisam!
“Deixo meu obrigado à Seja, que me ajudou bastante na minha caminhada com os processos seletivos. Meu intuito com esse artigo é não somente falar da minha trajetória nos processos seletivos, mas também dar uma incentivada gigante para quem busca a tão sonhada vaga, fato que senti falta durante minha jornada”.
Bom, meu nome é Murilo, tenho 22 anos, nasci e fui criado em Brasília DF, minha trajetória é bem diferente daquele perfil de trainee de anos atrás.
Finalizei o Ensino Médio aos 17 ecomo todo adolescente cheio de esperança e vontade, estava com a cabeça explodindo de ideias, mas ao mesmo tempo sem nenhuma certeza sobre qual caminho trilhar.
Venho de uma família simples e não tive aquele base de “filho, faça isso, dá dinheiro ou não faça isso que se não você vai passar fome”. Pelo contrário, tive que desde cedo ter uma visão sobre como comandar o meu futuro e qual carreira seguir.
Em Brasília, nós temos uma peculiaridade que não existe em outros estados: a famosa “vida de concursado”, aquela que você se abdica da vida por um ou dois anos para estudar loucamente para passar em um concurso público, e ter a tão famosa estabilidade financeira, fato que nesse atual momento da sociedade me faz questionar muito sobre se realmente existe essa tal estabilidade.
Enfim, todos os jovens brasilienses já passaram por essa pressão, eu garanto, porém para uma pessoa tão questionadora com um forte espírito de liderança e vindo de uma família de empreendedores, aquela estabilidade não faria sentido num longo prazo.
Após diversas análises e aqueles vários e famosos testes de perfil para cursos superiores, decidi por cursar Administração de Empresas. Sentia-me um empreendedor nato e um futuro líder.
Em minha experiência acadêmica e profissional, me envolvi com diversos projetos como:
- ajuda a empreendedores locais
- educação empreendedora nas escolas públicas (sendo gerente de projetos)
- Dentre outros
Sentia totalmente envolvido e orgulhoso do meu curso. Pude vivenciar e falar que a administração é muito mais do que falam (aqui fica uma dica, olhe para o seu perfil, se conheça e não foque nas diversas opiniões que surgirão).
Me formei de uma ótima maneira, sendo que meu projeto de finalização foi eleito um dos melhores do semestre.
Ao final dessa jornada, tinha pouco conhecimento sobre os programas de trainee.
Minha experiência profissional sempre foi em empresa de pequeno porte e esse mundo era muito distante, já que, quando fazia uma pesquisa sobre trainees, o que mais eu via era: perfis opostos aos meus, faculdades públicas ou privadas de alto nível, experiências internacionais e estágios poderosos (isso desanima muito, eu sei).
Esse fato aumentou mais ainda após escutar um podcast “Devo ou não prestar trainee”, após iniciar a escuta empolgado, finalizei o podcast antes mesmo da metade pois, o autor já iniciou falando “se você não faz faculdade pública, esquece, dificilmente irá passar, o segredo é: formação pública (se possível engenharia), experiência internacional, estágio comprovado e inglês fluente.
Desliguei e falei para mim mesmo:
“Esquece isso Murilo, vai para concurso ou trabalha na empresa da família, isso não é pra você”.
Porém como eu disse no início, sou uma pessoa questionadora e fui entender o perfil de trainees e vi uma mudança de paradigma.
Percebi que as empresas estavam buscando mais softs skills do que hard skills. Resolvi tentar, fiz programas para bancos, consultorias, empresas de serviço, etc. Ou seja, atirei para todos os lados (não indico) no primeiro semestre.
O maior sucesso que obtive foi uma final para um banco (4 pessoas para 2 vagas) e resultado: Não passei.
Na primeira semana fiquei abalado, porém na outra já voltei para ativa, vi um processo aberto para Brasilia em uma empresa de tecnologia com o perfil extremamente alinhado ao meu.
Meu subconsciente no mesmo momento falou: essa é sua, 6 meses depois do processo seletivo lá estava eu em São Paulo, participando do Kickoff inicial com todas as lideranças.
Hoje, estou finalizando minha pós graduação, completo 3 meses de casa, envolvido em vários projetos com a alta liderança, aprendendo diariamente e vivendo o que no passado era impossível.
Para finalizar, a mensagem que quero deixar para todos do Seja Trainee é:
Se entendam, analise o seu perfil, seus gostos, suas características, e faça o link entre tudo isso e a empresa que você busca, pois uma frase que nunca esqueço de uma recrutadora é: trainee é perfil, não adianta ter um belíssimo currículo mas não está alinhado com os objetivos da empresa.
E principalmente, siga seu instinto, não ligue para opiniões sem embasamento e foco na jornada, no final tudo fará sentido e todo o esforço valerá a pena.