Uma pesquisa recente feita pela Robert Half mostrou que metade dos profissionais desempregados atribuíram a reprovação em processos seletivos à falta de qualificação necessária para a vaga, seja ela técnica ou comportamental. Que atitude eles devem ter tomado diante dessa constatação? Seguem minhas sugestões sobre o que deveria ter sido feito:
#1 – Busca por detalhes sobre a avaliação
Infelizmente, ainda encontramos diferenças importantes entre o que o mercado espera dos candidatos e o que os profissionais têm a oferecer, principalmente com relação ao idioma inglês. Então, caso haja uma oportunidade de feedback, é importante entender qual a real percepção do recrutador sobre o seu perfil. Em quais pontos ele entende que você poderia melhorar? Qual perfil de profissional ele busca?
#2 – Conversa com pessoas próximas
Com base nas informações passadas pelo recrutador, o ideal é fazer uma avaliação sincera sobre o que ouviu. Se julgar necessário, troque informações com uma pessoa de confiança ou profissional da área desejada para validar as informações recebidas – e reflita. Isso vale, inclusive, para apontamentos sobre o seu comportamento.
#3 – Pesquisa sobre cursos que complementem a qualificação técnica
Uma vez entrevistei um rapaz que aproveitou um período de afastamento médico para fazer cursos online que julgou serem importantes para sua carreira. Quero exemplificar com isso que o conhecimento está cada vez mais acessível. Há excelentes opções presenciais ou à distância que podem ajudar a melhorar sua qualificação.
#4 – Revisão do currículo
Não esqueça de incluir no currículo os novos cursos que fizer ou mesmo aqueles que estão em andamento. Lembre também que, para cada vaga que se candidatar, o documento deve ser personalizado com palavras-chave. Ao final, peça para outra pessoa ler e revisar o currículo. Essa precaução é ótima para garantir que o documento não tenha falhas gramaticais, de digitação ou de informação.
#5 – Preparo para as próximas entrevistas
Em alguns casos o candidato possui as habilidades demandadas, mas simplesmente não sabe destacá-las no momento da entrevista. Tenha em mente que o recrutador tem apenas cerca de 60 minutos para ter uma noção de tudo o que você é e sabe fazer. Então, é sua missão criar um discurso que leve-o às informações pretendidas.
Reconheço que a recolocação não é uma tarefa fácil, afinal procurar trabalho dá trabalho. Mas, se não fizermos a nossa parte, o caminho até uma boa oportunidade fica ainda mais difícil.
*Artigo publicado originalmente no blog da Robert Half
Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half